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HISTÓRICO DE SANTA MARIA DO HERVAL

A vinda dos primeiros imigrantes alemães ao município de Santa Maria do Herval ocorreu entre 1835 à 1838, oriundos das velhas colônias e outros de levas recentes, eram naturais da região do Hunsrück na Alemanha. Anos após vieram também os imigrantes Italianos, dirigindo-se a localidades como Nova Renânia.

A colonização começou pela localidade de Morro Dos Bugres, que na época fazia parte da grande Dois Irmãos, e hoje é uma localidade de Santa Maria do Herval.

Dedicavam se estes colonos ao cultivo da terra, desbravando as matas e abrindo roçadas, onde plantavam cevada, trigo, centeio, fumo, milho, feijão.

Estes primeiros colonos passaram por muitas dificuldades pois o terreno era montanhoso, tiveram que lutar contra animais ferozes e índios que habitavam a região.

Os primeiros imigrantes vieram da cidade de Buch, na Alemanha, e denominaram o morro onde se estabeleceram de então Bucherberg  (Berg: morro, o novo morro de Buch) sendo este o primeiro nome, em alemão, e mais tarde em  português como Morro dos Bugres. Vieram também outros imigrantes alemães como Dapper, Naumann, Kaefer, Mallmann, Kasper, Weber, Schneider, Bender, Knorst, Wiest, Hartmann, Müsnich, entre outros.

Em 1849, em Morro dos Bugres foi construída a primeira capela, escola e cemitério de Santa Maria do Herval. Esta capela servia a três comunidade: Jammerthal (Picada Café), Walachai(Morro Reuter) e Bugerberg (Morro dos Bugres, Santa Maria do Herval). Foram 40 famílias que iniciaram esta construção, foi Nicolau Weber e sua esposa que doaram 50 braças de suas terras para a construção da capela, escola e cemitério.

O Sr. Nicolau Müssnich foi escolhido como professor do Morro dos Bugres, ele também foi o primeiro professor comunitário do município de Santa Maria do Herval. É bom lembrar que a escola comunitária mais próxima na época ficava em Dois Irmãos, numa distância hoje de 15km.

A primeira tentativa de colonizar a Linha Herval ocorreu em 1844, quando vieram as famílias Landler, Noal, Thies, Boeler, Gerhard, Schuh. Dez anos mais tarde ou seja em 1854, vieram as famílias de Theodor kroetz, peter Vier, Johann Wagner, Dionisius Eich, Johann Zimmer, Nicolaus Seger, Jacob Schneck, Michale Dessoy, Michael Kolling, Johanes Weber, entre outros.

Estes colonos, todos eles católicos começaram sua vida comunitária onde hoje se localiza a Vila ferraria, onde construiram a primeira capela, escola e cemitério, esta obra foi iniciada em 1860 por 12 famílias com poucos recursos, compraram uma área de terras do colono Peter Vier. A capela, escola e cemitério foram inaugurados em 20 de julho de 1862 pelo reverendo padre Joseph Franz Hagg S.J., sob o título de Nossa Senhora Auxiliadora

                A partir de março de 1853 iniciou-se o povoamento da Picada Herval, com a chegada das primeiras famílias ao local onde hoje se encontra a sede do município até Boa Vista do Herval. Em 31/10/1912, a Câmara Municipal de São Leopoldo criou o 8º Distrito, com sede em Boa Vista do Herval e instalação da Sub-Prefeitura. No ano de 1935 a denominação do 8º Distrito passou a ser Padre Eterno. No entanto, a Sub-Prefeitura permaneceu ocupando as mesmas instalações em Boa Vista do Herval.                                                          

          Na data de 01/03/1950, a sede do 8º Distrito de São Leopoldo foi transferida para a atual sede do município, passando a denominar-se Santa Maria do Herval. No ano de 1958 Dois Irmãos emancipou-se de São Leopoldo e o Herval passou a fazer parte dessa unidade política até 1988, quando aconteceu o movimento emancipacionista e Santa Maria do Herval também se torna município autônomo.

                Entre colinas e vales, a 75km de Porto Alegre, capital do Estado, situa-se Santa Maria do Herval, com 6.300 habitantes. Hospitaleira, amigável, tranquila, com seus jardins floridos e povo ordeiro e trabalhador.

                Herança? Sim. Acreditamos que todas essas características nos foram legadas por nossos ancestrais, imigrantes da região do Hunsrück e arredores. Nossa gastronomia é típica: cucas, linguiças, schmiers, assados de porco, bolinhos de batata e muitas outras receitas gostosas que nossas avós nos deixaram.

                A cultura é preservada nas treze comunidades do município, pois mais de 90% da nossa população ainda fala a Língua Hunsrik/Platt Tayxt, o que é incentivado pela prefeitura para que não se perca esse vínculo de comunicação com as regiões de origem na Europa.

                A arquitetura guarda fortes traços germânicos e um grande número de casas em estilo enxaimel ainda se acham preservadas.

                A festas também lembram os costumes tipicamente germânicos com as bandas, danças, comida e chopp, a exemplo da “Kartoffelfest”, nossa maior e mais importante festa, que ocorre sempre em maio, mês de emancipação do Município.

                A agricultura é, ainda, uma forte atividade econômica, com o cultivo da batata, olericultura, além da criação de frangos e gado leiteiro. Também faz parte da economia do município, as Indústrias de Calçados, Frigorífico Boa Vista, Comércio e prestação de serviços.

              Fomos largamente privilegiados pela natureza com cascatas, cavernas, rios e matas muito ricas, o que sugere “Turismo Ecológico”, “Turismo de Aventura” e “Turismo Radical”.

TEEWALD- Nome em alemão de Santa Maria do Herval, muito usado e conhecido. Significa "Floresta de Chás", com abundãncia em diversos chás encontrados na natureza,  inclusive até a árvore da  Erva-Mate, que antigamente os próprios moradores cultivavam sua Erva Mate para o chimarrão, preservando as árvores da erva em meio as lavouras. A moagem da erva ocorria junto aos antigos moinhos de farinha que continham os soques onde a erva era triturada, além de todo o verde exuberante dos vales e montanhas. Assim, estes primeiros imigrantes, encontrando tal abundância, denominaram a região onde hoje é Santa Maria do Herval de Teewald.

Em homenagem a esta abundância em ervais, até hoje muito presentes e cultivados nos jardins dos moradores, o município conta com o Relógio do Corpo Humano, baseado na Fitoterapia com os chás mais comuns encontrados na cidade. O local inclusive é um ponto turístico, localizado no jardim da Igreja Matriz. 

 

 

 


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