O registros fotográficos e históricos abaixo são de pertencimento do Museu Histórico Municipal Professor Laurindo Vier. Quando usados em documentos, trabalhos e outros assuntos de terceiros pede-se a menção da respectiva fonte.
HISTÓRICO DA IGREJA NOSSA SENHORA AUXILIADORA
Por Aloísio Donato Braun
Para as famílias católicas, as dificuldades eram semelhantes às das famílias de confissão evangélica, A falta de uma comunidade religiosa e escolar e ter um cemitério eram necessidades, pois faziam parte da cultura que ambos trouxeram da Europa.
As provações do cotidiano eram tantas, que só a fé e a persistência naquilo que se propuseram a fazer, fez com que acreditassem em dias melhores na nova pátria que escolheram, só pessoas que acreditavam em Deus poderiam sobreviver. Ajudar-se mutuamente, pensando nos seus filhos e futuras gerações para que eles pudessem ter uma vida mais digna, melhor e justa, ter uma convivência fraterna.
Muitas famílias confiavam sua sorte aos santos da igreja, a Nossa Senhora, a Mãe de Jesus, enfim, tudo era entregue ao Pai do Céu, pois não havia nenhuma outra alternativa para sobreviver nas selvas, onde tudo faltava. Aos domingos, muitos católicos do Teewald se deslocavam a cavalo ou a pé até Dois Irmãos para participar de uma missa, fazer batizados, casamentos, pois, na sede, em Santa Maria do Herval, ainda não existia uma capela.
Em 1858, ocorreu na Paróquia São Miguel de Dois Irmãos, na capela São Francisco Xavier, primeira capela filial dessa paróquia, a primeira Missão Popular em língua alemã, na colônia de São Leopoldo. Os colonos recém-chegados da Linha Herval participaram ativamente dessa Missão. Quando o padre jesuíta Bonifatius Klipper, em seu relatório, observou: Os moradores da recém-colonizada, assim chamada de Teewald, seus moradores participaram ativamente com orações e cânticos da Missão, mesmo com tempo ruim (chuvoso) e das precárias estradas nas quais passavam.
Com certeza, essa participação dos católicos daquela Missão Popular, na capela São Francisco Xavier, no Morro dos Bugres, deu aos colonos do Teewald um impulso, um novo ânimo para Construir a sua própria comunidade religiosa.
A primeira capela do Teewald
A primeira capela da sede do município da Linha Herval foi construída onde hoje se encontra a Vila Ferraria, um quilômetro ao norte da atual Igreja Matriz Nossa Senhora Auxiliadora. Ao lado da capela, construíram e cercaram o cemitério e, mais tarde, perto da capela construíram uma escolinha particular, onde seus filhos pudessem aprender a ler, escrever, contar e os ensinamentos religiosos.
Em 1860, com poucos recursos, 12 colonos, pais de família e com um grande espírito comunitário, deram início às obras da capela.
A área de terras, onde construíram a capela e o cemitério, foi comprada pelos associados do colono Peter Vier por 24 mil réis. Cada associado pagou dois mil réis ao mencionado Vier.
Os doze colonos pioneiros que iniciaram a construção da capela foram:
1- Theodor Krõetz — velo em 1854 — Meezl-Mossel — Koeblenz;
2. Peter Vier — veio em 1855, de Trier;
3- Johann Wagner — veio em 1854, de Weiskirchen (Reinland);
4- Dionnisius Eich — veio em 1854, de Koeblenz;
5- Johann Zimmer — veio em 1857, de Buch;
6- Nicolaus Seger — veio em 1854, de Merzig (Reinland);
7- Jacob Schneck — veio em 1854, de Weiskirchen (Reinland);
8- Michael Kolling — veio em 1857, de Weiskirchen (Reinland);
9- Michael Dessoy — veio em 1854, de Kreuznach;
10- Johannes Weber;
11- Peter Horbach;
12- Johann Peter Gabriel — veio em 1857, de Leipzig;
Os doze associados que fundaram a comunidade escolheram Theodor Kroetz como presidente da comunidade e secretário, fazia as atas, 2º anotações e as normas da comunidade. Mais tarde, também foi escolhido para ser professor da escola particular por eles fundada, como também sacristão, catequista e regente dos cantos na capela.
Ata da Fundação
A ata de fundação foi escrita por Thedor Kröetz em 1862, em letra gótica e em língua alemã.
Ata transcrita em português:
“Documento da Capela Maria Auxiliadora dos Cristãos na Picada Herval
A construção desta capela católica foi iniciada no ano de 1860 depois de Cristo, por doze colonos sem recursos, com exceção de alguns, que formavam a comunidade e cujos nomes são os seguintes: Theodor Kroetz, Jacob Schneck, Dionys Eich, Peter Vier, Johannes Wagner, Michael Kolling, Johann Peter Gabriel, Nicolaus Seger, Johannes Zimmer, Johannes Weber, Johannes Dessoy e Peter Horbach. No ano de 1861, foi o trabalho levado adiante, dentro do possível, o que a mão de obra ativa da comunidade não conseguiu realizar, foi suprido por esmolas. No ano de 1862, foi esta construção inaugurada pelo Revmo. Pe. Franz Joseph Hago, sacerdote da Companhia de Jesus, no dia 20 de julho, em honra e louvor da bem-aventurada Virgem Maria sob o título de Nossa Senhora Auxiliadora dos Cristãos. O lugar onde se encontra a capela e o cemitério foi comprado pela comunidade do colono Peter Vier pela soma de 24 mil réis, que foi imediatamente pago ao mencionado Vier, assim que cada um dos membros pagou os 2 mil réis.
A festa de Nossa Senhora Auxiliadora é celebrada anualmente no dia 24 de maio pela Igreja Católica, consequentemente, nesta comunidade, como festa da Padroeira, na medida do possível, é festejada no domingo mais próximo do dia 24 de maio, com a mais possível solenidade. Isto documenta Herval, no dia 21 de julho de 1862, o Presidente da Capela, Theodor Kröetz”
Com o passar dos anos, a comunidade ia crescendo, novos associados se somaram à capela. No início, a capela era filial da paróquia São Miguel de Dois Irmãos Durante muitos anos, a tradução para o português nos livros de registros, foi o seguinte:
Capela Nossa Senhora da Ajuda em vez de Capela Nossa Senhora Auxiliadora, pois é a mesma identificação, apenas uma questão de interpretação.
Assim, em 1863, a comunidade adquiriu seu primeiro sino. Inicialmente, ele foi colocado ao lado da capela, pois ainda não possuía uma torre, que fora destruída mais tarde.
No mesmo ano, a comunidade fez e aprovou seu Primeiro Regimento Interno sobre o uso do cemitério. Esta resolução da comunidade está no livro de atos onde consta o seguinte:
Resolução da Comunidade
Hoje, com a data abaixo, os participantes da capela Nossa Senhora da Ajuda ou Nossa Senhora Auxiliadora determinam o que segue:
1°- Os moradores católicos que moram no distrito dos que construíram a capela, que se excluíram da construção da capela, querendo se associar à comunidade, um ou outro, serão tratados conforme os pontos que seguem:
2°- Os nomes dos que se recusaram a ajudar na construção da capela são os seguintes: José Schütz, Pedro Paulo Thiesen, Pedro Ruwer, Miguel Martin; todos eles pais de família.
3º-Por dia em que a comunidade trabalhou para o fim acima terá de pagar 2 mil réis.
4°- Quem dos citados no artigo 2 requerer uma sepultura no cemitério e ainda não se associou à comunidade, pagará para o lugar de uma sepultura, pequena ou grande, o valor de 16 mil réis. A sepultura servirá só para este cadáver e não poderá ser considerada como uma propriedade. Isso vale para os mencionados no artigo 2 e para seus filhos e filhos dos filhos.
5°- Se, no futuro, acontecer que filhos da comunidade se casem com filhos dos que se recusaram a ajudar na construção da capela, pagarão a metade da conta.
6°- Se um jovem ou moça de fora que se excluíram da comunidade, o mas a outra parte que um estranho, o de fora não terá que pagar mais do que uum estranho, mas a outra parte pagará a metade da conta.
7°- Cada estranho que vier a morar na picada, de confissão católica, pagará em seis meses, a contar do dia da inscrição, o valor de 5 mil réis e, a partir de então, deverá assumir tudo o que a comunidade assume. Se um da comunidade casar com um de fora, só pagará a metade dos 5 mil réis.
8°- Quem mora no distrito da área da comunidade de confissão católica e não quiser se associar será tratado como aquele que se excluiu da comunidade.
9°- Se, por engano ou acidente, descobrir-se depois que um é católico, pagará como um estranho, ou seja, 5 mil réis por uma sepultura; quem não é católico, de forma alguma, tem o direito ao cemitério e à capela.
Herval, dia 09 de setembro de 1863.
Theodor Kröetz - Presidente
Theodor Kröetz era professor da escola particular mantida pela comunidade e cada colono pagava a ele por aluno que estudava nesta escola. Além de professor, ele era o sacristão da capela, presidente e secretário da comunidade, regia os cantos na capela e, na ausência do padre, fazia também os enterros no cemitério. Theodor era um grande líder da comunidade.
O professor Theodor Kröetz nasceu em 1827, em Meel, Mossel, Koeblenz - Alemanha, filho de Johann Adam Kröetz e de Gerthrudt Treis Kröetz. Casou-se em 1852 com Gerthrud Thiessel, na Alemanha. Gerthrud faleceu quando deu a luz ao primeiro filho, Peter Paul Kröetz, ainda na Alemanha. Este filho faleceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, em 1854.
Theodor Kröetz casou-se pela segunda vez ainda na Alemanha com Catharina Mudler e dois dias depois do casamento, viajaram com outros imigrantes, em 19 de abril de 1854, para o Brasil. No mesmo ano, instalaram-se na Linha Herval com outros imigrantes. Seu casamento foi abençoado por dez filhos. Theodor faleceu em 19 de janeiro de 1882 e seu corpo foi enterrado no cemitério católico, fundado pelos pioneiros na Vila Ferraria. Sua esposa Catharina faleceu em 19 de novembro de 1903 e também foi enterrada no mesmo cemitério.
Cada ano que se passava, mais moradores ocupavam as terras.
Os lotes ainda disponíveis eram ocupados com roças para a produção de alimentos para sua subsistência. Os filhos dos pioneiros casavam e muitos lotes de terras eram divididos e, assim, aumentava a população da região.
As melhorias na comunidade também eram necessárias e o número de associados aumentava. As estradas e os caminhos provisórios eram melhorados pelos próprios colonos, pois nos primeiros 50 anos, o poder público estava totalmente ausente. A região do fundo Herval era uma área abandonada, esquecida pelo enorme município de São Leopoldo.
Em 1876, a comunidade resolveu construir a torre da capela, que estava ao lado com o pequeno sino. O chefe carpinteiro foi o Sr. Gothlieb Müller e o funileiro foi Otto Wülitzer. Ele revestiu a estrutura de madeira com zinco e essa obra foi um orgulho para todos os associados. Mais tarde, em 1879, o Sr. Mathias Kolling, que era carpinteiro, construiu e instalou os bancos na capela.
Naquela época, todas as ferramentas, o material nobre e necessário era importado, vinha, principalmente, dos Estados Independentes da Alemanha. Os sinos e o zinco também eram importados.
Assim, os pioneiros escolheram como padroeira, Nossa Senhora Auxiliadora e as estátuas também foram trazidas de Munique, Alemanha, em 1870. Foram importadas de vez três imagens: Nossa Senhora Auxiliadora, São José e o Sagrado Coração de Jesus. Essas três estátuas ainda hoje estão nos altares da Igreja Matriz Nossa Senhora Auxiliadora, no centro da cidade de Santa Maria do Herval.
Segundo a listagem dos associados da capela Nossa Senhora Auxiliadora ou Nossa Senhora da Ajuda, como consta nos primeiros livros de registros da Paróquia São Miguel de Dois Irmãos eram os seguintes (só se relacionava o pai de família, a esposa e os filhos não casados eram dependentes) foram os seguintes, do ano de 1875:
1- Theodor Kröetz |
13- Johannes Wagner |
25- Johannes Proth |
2- Johannes Dessoy |
14- Michael Kolling |
26- Caspar Weiand |
3- Johannes Weber |
15- Peter Ruwer |
27- Johannes Kolling |
4- Johann Peter Gabriel |
16- Peter Horbach |
28- Emanuel Wingert |
5- Jacob Schneck |
17- Johannes Schmitt |
29- Nicolaus Schuck |
6- Mathias Knorst |
18- Johannes Zimmer |
30- Christoph lauck |
7- Michael Martin |
19- Peter Schneider |
31- Franz Vogt |
8- Nicolaus Kolling |
20- Peter Wingert |
32- Johannes Weber II |
9- Dionysius Eich |
21- Gothlieb Kunst |
33- Anton Joseph Krupp |
10- Peter Vier |
22- Mathias Fröelich |
34- Peter Kunst |
11- Nicolaus Seger |
23- Peter Kolling |
35- Joseph Schmitz |
12- Michael Kunz |
24- Heinrich Geisel |
36- Theodor Schneck |
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37- Johann Warker |
A construção da nova capela Nossa Senhora Auxiliadora
Os pioneiros, que iniciaram a formação da comunidade, enfrentaram muitas dificuldades para construir a capela, o cemitério e a escola, mas, aos poucos, o progresso e o desenvolvimento podiam ser percebidos. Foi com muito trabalho e perseverança que os moradores progrediram, tanto nos bens materiais como espirituais.
Aos poucos, os pioneiros sucumbiram e foram enterrados no cemitério por eles construído e seus descendentes continuaram executando as tarefas deixadas por eles e tentavam melhorá-las. Na época, não existia uma ponte sobre o Rio Cadeia e, muitas vezes, não deixava passagem, quando ocorriam as cheias em períodos de muitas chuvas. Várias pessoas tentavam enfrentar a correnteza e acabavam deixando a vida nas águas do rio, que eram traiçoeiras. Um desses casos aconteceu no dia 29 de setembro de 1889, quando Nicolaus Seger voltava do Michelskerb de Dois Irmãos e teve que atravessar o rio com seu cavalo e acabou se afogando.
Por volta de 1908, abateu-se sobre o Herval uma terrível tempestade, com muitos ventos fortes, deixando um rastro de destruição. A tempestade acabou atingindo a pequena capelinha construída pelos imigrantes, os ventos arrancaram a torre com o sino e foram jogados no outro lado do arroio. Como a estrutura foi parcialmente destruída sua reforma era quase impossível.
A comunidade reuniu-se em assembleia para decidir qual seria a solução sobre a capela: a reconstrução ou a construção de uma nova.
Naquela época, a parte perto do rio Cadeia era mais desenvolvida, as terras eram mais planas, já tinha um grande número de casas, havia o moinho Krupp e a casa comercial de Gothard Fleck, já existia ponte de madeira sobre o rio Cadeia e já existia uma estrada razoável, construída pelo município de São Leopoldo. Foi a primeira estrada municipal e teve, em muitos lugares, seu trajeto modificado e que saía de Boa Vista do Herval e ia até Sapiranga. Seu principal objetivo era o escoamento da grande produção agrícola da região.
Durante a assembleia, houve várias discussões e sugestões, moradores resolveram, em votação, construir uma nova capela totalmente em alvenaria, em outro local mais perto do rio Cadeia, onde o espaço físico era melhor para a nova capela e o cemitério e porque ali já existia um pequeno núcleo residencial.
Esse fato não contentou os católicos que moravam mais longe, como na Boa Vista, Linha Marcondes, perto da Nova Renânia e outros lugares mais distantes. Estes resolveram, então, não ajudar na construção da nova capela e os católicos da Boa Vista decidiram constituir uma nova comunidade e, assim, mais tarde, surgiu a Comunidade São Luiz de Boa Vista do Herval.
Em 1910, foi colocada a pedra angular, benzida pelo Pe. Jorge Badde S.J., da Paróquia São Miguel, os moradores católicos da comunidade Nossa Senhora Auxiliadora começaram a construção da nova capela.
Ao mesmo tempo, a comunidade também construiu uma ampla casa de repouso para os padres que visitavam as capelas do interior da Paróquia São Miguel de Dois Irmãos, pois a distância era grande, já que o meio de transporte na época era o burro ou o cavalo.
A área, onde foram construídas a capela, a casa paroquial e a escola paroquial, foi comprada do Sr. Theodor Kröetz e correspondia a 0,657 hectares em 1909. Em 1917, a comunidade adquiriu mais 2,3 hectares de terras do Sr. João Staudt.
Na época da construção da nova capela, em 1860, a comunidade era composta por 12 pioneiros e suas famílias e, em 1910, já se tinha 123 associados. Naquela época, a população aumentava muito e já existiam, em torno de Santa Maria do Herval, várias comunidades com sua respectivas capelas. Por exemplo, São Francisco Xavier, de Morro dos Bugres, fundada em 1849; Santíssima Trindade, de Pe. Eterno Baixo São José do Herval, São Luiz Gonzaga, de Boa Vista do Herval e Santa Maria do Herval, que ficava no centro. Isso já era um ensaio para a formação da futura paróquia, desmembrando-se de Dois Irmãos.
Criação da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora
A idéia da criação da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora de Santa Maria do Herval surgiu em 1930. Vários foram os estudos feitos sobre a viabilidade e as condições físicas e econômicas da futura paróquia.
Em 22 de fevereiro de 1931, Dom João Becker, bispo da Diocese de Porto Alegre, assinou o Decreto criando a Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora de Santa Maria do Herval.
Em 11 de março de 1931, o Pe. Afonso Miguel Scherer foi nomeado pelo Bispo Dom João Becker, o primeiro pároco para a recém criada Paróquía Nossa Senhora Auxiliadora.
Em 18 de abril de 1931, ocorreu oficialmente o desmembramento da Paróquia São Miguel de Dois Irmãos. A nova paróquia, cuja matriz seria a Igreja Nossa Senhora Auxiliadora, teve seus limites e capelas definidas, às quais seriam: São José, de São José do Herval; Santíssima Trindade, de Pe. Eterno Baixo; São Francisco Xavier, de Morro dos Bugres; São Luiz Gonzaga, de Boa Vista do Herval e Menino Jesus de Praga, de Nova Renânia.
Em 31 de dezembro de 1931, foram nomeados os primeiros fabriqueiros da Matriz e das capelas pelo Bispo da recém criada Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora:
- Pedro Kröetz - Matriz (Centro)
- Albano Alles - São José (São José do Herval)
- Jacob Schuh - Santíssima Trindade (Pe. Eterno Baixo)
- Jacob Kreuz - São Luiz Gonzaga (Boa Vista do Herval)
- José Seger -São Francisco Xavier (Morro dos Bugres)
- José Schmitz - Menino Jesus de Praga (Nova Renânia)
A capela Nossa Senhora Auxiliadora era muito pequena para a sua sede paroquial, necessitava de uma ampla reforma e um aumento do seu espaço físico.
As melhorias na capela, agora transformada em Matriz, iniciaram como altar central, que foi instalado em 1933, e os altares laterais, em 1934, por Leopoldo Gegler, de Tupandi. São verdadeiras obras de arte, são feitos totalmente de cedro, uma madeira nobre e maciça.
Em 13 de janeiro de 1935, foi colocada a pedra angular do aumento da igreja, com sete metros de comprimento a mais na torre que antes era de madeira e revestida com zinco e estava em precárias condições.
O aumento da Igreja com a torre foi projetado pelo engenheiro José Pohl.
No período de 20 de outubro a 02 de dezembro de 1935, ocorreram as primeiras Missões Populares da nova paróquia pregadas pelos padres Redentoristas Thiago Klinger, Ignácio Herth e Germano Köenig. As Missões Populares eram pregadas periodicamente nas paróquias, eram momentos fortes na vida, eram atos de evangelização e de moralização de costumes, de zelo pela prática religiosa, da fé e dos valores morais e religiosos.
Em 1936, o pároco, Pe. Afonso Scherer fez um recenseamento de todo o seu rebanho apostólico na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora.
Segundo o Pe. Scherer, viviam, na paróquia, 646 famílias católicas, totalizando 3.690 pessoas (almas), assim distribuídas:
-Matriz: 136 famílias, com 787 pessoas;
- Capela São José: 132 famílias, com 763 pessoas;
- Capela Santíssima Trindade: 173 famílias, com 960 pessoas;
- Capela São Luiz Gonzaga: 101 famílias, com 573 pessoas;
-Capela São Francisco Xavier: 67 famílias, com 372 pessoas;
-Capela Menino Jesus de Praga: 38 famílias, com 235 pessoas.
Em 31 de dezembro, com a aprovação do pároco, ocorreu a nomeação dos fabriqueiros para o ano de 1937:
-Matriz: Pedro Kröetz
-Capela São José: Albano Alles
- Capela São Luiz Gonzaga: Nicolau Scholl
- Capela Santíssima Trindade: Olívio Molling
- Capela São Francisco Xavier: José Seger
- Capela Menino Jesus de Praga: José Schmitz.
O período da nacionalização, durante a 2ª Grande Guerra Mundial, foi uma época difícil para os moradores e para o pároco da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, pois até ali, a maioria da população não dominava a língua portuguesa, pois, praticamente, não existiam escolas municipais, já que a maioria era paroquial. Aos poucos, o município nomeava professores que não conheciam a realidade dos locais e as crianças não aprendiam quase nada e a maioria desses professores acabava desistindo. A língua alemã fora proibida. Como eles poderiam se comunicar em português, se nunca tiveram a oportunidade de aprender.
Por isso, alguns professores paroquiais eram demitidos e substituídos por outros, mas que também não deu o resultado esperado.
Em agosto de 1934, Dom João Becker, bispo da Arquidiocese de Porto Alegre, mandou uma circular a todas as paróquias, que em colaboração com o governo brasileiro e pela nacionalização do país se observasse:
1°- Sermões em língua portuguesa, assim como avisos, anúncios e convites;
2º - Depois, em outra língua.
Na vizinha Paróquia de Joaneta, em 31 de outubro de 1939, quando estava sendo construída a nova Igreja Matriz, um violento temporal se abateu sobre a localidade e acabou derrubando a construção que estava em fase de conclusão.
No ano seguinte, em maio de 1940, o neo-sacerdote Willibaldo Scholl com mais dois colegas foram ordenados padres nos escombros da Igreja caída e, no dia 25 de maio, rezou sua primeira missa na Igreja Matriz Nossa Senhora Auxiliadora de Santa Maria do Herval.
Em janeiro de 1940, uma nova circular do bispo Dom João Becker, proibindo o uso das línguas de países com os quais o Brasil tinha rompido relações diplomáticas, em sermões, avisos, cantos, versos, inscrições, nas conversas entre as pessoas em igrejas, bares, reuniões, bailes etc.
Era um período muito difícil para o povo em geral, pois muito poucos sabiam falar o português e ninguém queria ensinar, mas o tempo passou, a guerra terminou e a vida da comunidade continuou.
A vida comunitária da paróquia e das comunidades continuou. Novas estradas foram abertas, os acessos para as comunidades melhoraram para que fosse possível escoar a produção agrícola. Aos poucos, as carretas de bois e de cavalos foram substituídas por caminhões.
Em quase todas as localidades, havia uma casa comercial, onde os colonos podiam comprar e vender seus produtos.
Em 15 de junho de 1946, morre, em Porto Alegre, aos 76 anos de idade, o arcebispo metropolitano Dom João Becker que estava à frente da Arquidiocese desde 1912.
Em 05 de janeiro de 1947, Dom Vicente Scherer é nomeado pelo Papa para dirigir a Arquidiocese de Porto Alegre. Dom Vicente era irmão do Cônego Afonso Scherer.
O Cônego Afonso Scherer vendo como as diversas comunidades estavam crescendo em população, incentivou as lideranças para que formassem novas comunidades com a construção de capelas e escolas.
Em 09 de fevereiro de 1947, foi inaugurada e dada a bênção da nova capela em Alto Pe. Eterno e que foi dedicada a Nossa Senhora do Rosário, após festa popular em benefício da comunidade.
No final do ano 1947, Dom Vicente Scherer nomeou os fabriqueiros da Matriz e das capelas da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora:
-Matriz: Pedro Kröetz
-Capela São José: Pedro Backes
- Capela São Luiz Gonzaga: José Kröetziq
- Capela Santíssima Trindade: Olívio Molling
- Capela São Francisco Xavier: José Seger
- Capela Menino Jesus de Praga: Cesário Andreis
- Capela Nossa Senhora do Rosário: Alfredo Dilkin.
Em 15 de agosto de 1949, um dia de feriado, após a missa na Igreja Matriz, foi criada a Sociedade Beneficente São José de Santa Maria do Herval, cuja finalidade seria a construção de um Hospital Comunitário.
Na ocasião, o Sr. João Klauck foi eleito presidente da sociedade.
Outro fato que ajudou no desenvolvimento da Vila de Santa Maria do Herval, hoje, sede municipal, foi a transferência, em 13 setembro de 1949, da sede distrital de Boa Vista do Herval para Santa Maria do Herval, passando a ser o 8º distrito de São Leopoldo, cujo prefeito, na época, era o Dr. Mário Sperb.
Para o ano de 1950, Dom Vicente Scherer, arcebispo de Porto Alegre, nomeia os fabriqueiros da paróquia:
- Matriz: Fridolino Kröetz
- Capela São José: Pedro Backes
- Capela São Luiz Gonzaga: José Kröetz
- Capela Santíssima Trindade: Olívio Molling
-Capela São Francisco Xavier: José Seger båodn
- Capela Menino Jesus de Praga: Cesário Andreis
- Capela Nossa Senhora do Rosário: Alfredo Dilkin.
Em 14 de janeiro de 1950, Jacob Lothário Hendges e Aloísio Kuhn doaram um terreno em favor da Mitra para a comunidade, com a
finalidade de construir a nova capela São Luiz, em Boa Vista do Herval, pois a outra capela necessitava de uma reforma.
Assim, em 16 de janeiro de 1950, ocorreu a bênção da pedra angular para o início da construção da nova capela São Luiz Gonzaga.
Outra obra importante, envolvendo a comunidade hervalense, ocorreu em 13 de agosto de 1950, a colocação da pedra angular da construção do novo Hospital São José, com a presença de autoridades municipais e estaduais com a presença de muitas pessoas neste ato, a destacada liderança e importante atuação do Pe. Jacó Érico Schmitz, nomeado pelo pároco Cônego Afonso Scherer para essa finalidade. Para a época, foi uma importantíssima obra para a comunidade hervalense.
Como incentivo do Cônego Afonso Scherer, muitas comunidades formaram novas comunidades e construíram novas capelas, como em 12 de fevereiro de 1950, quando foi dada a bênção da pedra angular da nova capela da Linha Marcondes em missa celebrada pelo Pe. Jacó Érico Schmitz e, após, festa popular em favor da comunidade.
Depois de vários anos de trabalho na construção do novo hospital e com ampla participação popular, inclusive, nas despesas financeiras, a obra foi concluída e tornou-se um grande orgulho para o povo hervalense da época. Com a presença do Prefeito Municipal de São Leopoldo, Dr. Theodomiro Porto da Fonseca, o arcebispo Dom Vicente Scherer, o Pe. Jacó Érico Schmitz, o pároco Afonso Scherer, o Prof. João Klauck, presidente da Sociedade São José, nome do hospital, Dr. Carlos de Souza Moraes e outras autoridades presentes, o hospital foi inaugurado no dia 18 de novembro de 1951, com uma grandiosa festa popular, com a presença de mais de 4 mil pessoas.
O hospital entrou em funcionamento um mês após a inauguração e o primeiro médico foi o Dr. Flávio Rieth, que ficou até 1953, quando se retirou. Inicialmente, as freiras da Congregação Nossa Senhora Aparecida auxiliaram, junto com a Diretoria, a administração do hospital. Após a sua saída, vieram as freiras da Congregação do Imaculado Coração de Maria, que ajudaram na administração e assumiram também a escola paroquial e pública em Santa Maria do Herval, auxiliando também na catequese e outros serviços na comunidade.
Com grande festa popular em 10 de fevereiro de 1951, foi dada a bênção das instalações e foi realizada a inauguração da nova capela São Luiz Gonzaga, de Boa Vista do Herval.
Em janeiro de 1952, o arcebispo de Porto Alegre, Dom Vicente Scherer, nomeia os seguintes fabriqueiros:
- Matriz: Fridolino Kröetz
- Capela São José: Afonso Muck
- Capela São Luiz Gonzaga: Edgar Hansen
- Capela Santíssima Trindade: Olívio Molling
-Capela São Francisco Xavier: José Seger
- Capela Menino Jesus de Praga: Círio Colório
- Capela Nossa Senhora do Rosário: Alfredo Dilkin
- Capela Nossa Senhora da Purificação: João Ghesla..
Em 28 de maio de 1956, após um estudo, a Mitra, através de Dom Vicente Scherer, autorizou a licença de um empréstimo no valor de 100 mil réis para a reforma e ampliação da Capela Santíssima Trindade, de Pe. Eterno Baixo.
Em fevereiro de 1958, iniciaram as obras da construção e abertura da estrada que liga Santa Maria do Herval via Walachai, que deu novo impulso para os moradores da vila seger. A obra foi iniciativa do Sr. Albano Kuhn, na época, vereador pelo município de São Leopoldo.
No dia 12 de junho de 1959, o engenheiro Arnaldo da Costa Prieto, de São Leopoldo, fez uma vistoria completa na Igreja Matriz, que apresentava alguns defeitos e necessitava de uma reforma geral. A cobertura, que era de telhas de cimento, foi trocado por uma cobertura de zinco, um telhado mais leve. Além disso, foi feita uma pintura externa e interna, mais alguns pequenos reparos.
A comunidade hervalense e os paroquianos foram surpreendidos no dia 14 de abril de 1961 com a morte repentina do seu pároco Cônego Afonso Scherer. Ele foi o primeiro pároco da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, nomeado em 22 de fevereiro de 1931.
Os atos de encomendação e sepultamento, precedidos da celebração da Santa Missa de corpo presente, ocorreram às 16 horas, do dia 15 de abril de 1961, presididos pelo seu irmão, o arcebispo de Porto Alegre, Dom Vicente Scherer, com a participação do e da região e está enterrado no cemitério católico da Igreja Matriz, no povo da Paróquia centro de Santa Maria do Herval.
Em 08 de junho de 1963, veio à Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, o Pe. José Scholl, como padre auxiliar.
O Pe. José Scholl era um grande músico e organista, por isso deu ênfase ao canto coral durante as celebrações litúrgicas em toda as comunidades. Incentivou os cantores e organizou festas de corais em todas as comunidades, onde os corais pudessem apresentar suas belíssimas melodias ao público.
Ele tomou a frente e incentivou a comunidade da Igreja Matriz para a compra e colocação de três sinos. Até ali, a igreja tinha somente dois sinos. Assim, surgiram várias reuniões para a compra dos novos sinos e também para a organização de uma grande festa popular paroquial para a aquisição desses sinos.
Mas, naquela época, aconteceu um fato que assustou a comunidade. No dia 03 de maio de 1964, o Pe. José Scholl adoece e é levado às pressas ao hospital de Dois Irmãos. Enquanto isso, os preparativos para a Festa dos Sinos estavam a todo vapor.
Na última reunião, sem a presença do Pe. José Scholl, a comissão organizadora resolveu vender os sinos velhos e comprou 3 sinos adquiridos junto à Firma Bromberg S.A. de Porto Alegre.
Toda a comunidade paroquial estava motivada com a compra dos 3 sinos novos. No dia 10 de maio de 1964, às 9 horas, em missa festiva, logo após a Santa Missa, iniciou-se o leilão dos três sinos com padrinhos e madrinhas
Os padrinhos e as madrinhas do sino grande, com 657 kg, foram:
1° padrinho: Bertoldo Weber 1ª madinha: Sibila Kaefer
2° padrinho: Belmiro Schuck 1ª madrinha: Anna Kroetz Weber
3° padrinho: Heronimus Klauck 1ª madrinha: Maria Kaefer Klauck
O sino médio, com 541 Kg:
1° padrinho: Bruno Vier 1ª madrinha: Loni Kunzler
2° padrinho: Herberto Kunzler 1ª madrinha: Imelda Kuhn
3° padrinho: Aloísio Backes Fº. 1ª madrinha: Irma Schmitz
O sino pequeno, com 402 kg:
1° padrinho: Albano Kuhn 1ª madrinha: Irena Kroetz
2° padrinho: Nelson Kieling 1ª madrinha: Erminda Henrich
3° padrinho: Afonso Hoff 1ª madrinha: Paulo Ramish
Depois disso, realizou-se o leilão do campanário, onde os sinos foram instalados na torre da igreja. O primeiro padrinho foi Theobaldo Vier e a primeira madrinha foi Cerilla Vier.
Os técnicos e os instaladores dos sinos no campanário foram Urbano Dapper, Léo Dapper, Aloysio Acker e Eldo Kaefer.
Os sinos que foram substituídos na torre da igreja acabaram sendo vendidos; o maior foi para a capela do Bugerberg e o menor foi vendido para uma capela de Gramado.
A festa foi um sucesso e deu um lucro desejado e a comissão organizadora estava contente. Mas, para a surpresa de toda a comunidade, veio a notícia da morte do Pe. José Scholl, em 14 de maio de 1964.
Após muito trabalho, os técnicos e instaladores conseguiram, em 06 de junho de 1964, concluir o trabalho, quando no sábado de tarde, os padrinhos e as madrinhas tocaram pela primeira vez os três sinos.
Em fevereiro de 1966, tomou posse o Cônego Afonso Wiest e, como vigário cooperador, o Pe. Willibaldo Scholl. O Cônego Afonso Wiest era muito querido, conhecido pela simplicidade, pela bondade, era sempre agradecido com o seu "Obrigadinho", era muito querido e admirado pelas crianças. Foi o idealizador e motivador da Festa do colono e do Motorista no Herval e se dava muito bem com o Pe. Willibaldo Scholl, seu padre auxiliar.
Em 06 de novembro de 1966, foi inaugurada a capela de Santo Antônio, no Franckenthal, após houve a tradicional festa popular em favor da comunidade.
No dia 22 de outubro de 1973, foram aprovados os recursos da Adveniat, da Alemanha. Com esses recursos, iniciou-se a construção do Salão Paroquial, a parte mais antiga. Esse salão foi inaugurado em 24 de março de 1974, com uma festa popular e foi de grande alegria para o Cônego Afonso Wiest. Essa obra foi de muita serventia para a comunidade, pois servia para fazer pequenas festinhas, casamentos e festas da comunidade.
Em 29 de janeiro de 1978, tomou posse o Pe. Werno Blume e o Cônego Afonso Wiest, como vigário auxiliar, e o Pe. Sérgio Fritzen, com a função de continuar a Pastoral Rural, grande incentivador da Comunidade de Pe. Eterno Ilges.
A criação da Diocese de Novo Hamburgo
A Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora de Santa Maria do Herval pertenceu à Arquidiocese de Porto Alegre até 1970, quando foi criado o Vicariato de Novo Hamburgo e nomeado o Monsenhor Otto Erbes como Vigário Geral. Em 30 de março de 1980, o Vicariato foi transformado em Diocese, tendo como primeiro bispo Dom Sinésio Bohn, substituído, mais tarde, por Dom Boaventura Kloppenburg.
A partir de 1995, assumiu como bispo titular Dom Osvino Both e Dom Boaventura se tornou Bispo Emérito Auxiliar e, atualmente, o bispo diocesano é Dom Zeno Hastentoeffel.
A partir de 1965, com o final do Concílio Vaticano II, a igreja passou por várias transformações litúrgicas e na participação leiga dentro da igreja e na comunidade. Houve também mudanças na parte administrativa das comunidades, como o sistema de fabriqueiros que foi substituído por Conselhos Econômicos e Pastorais.
Como a comunidade Nossa Senhora Auxiliadora, no tempo do Pe. Cônego Afonso Wiest, construiu um salão com recursos da Adveniat, porém o velho galpão necessitava de uma reforma. Por causa disso, a comunidade resolveu construir um novo galpão, com um
projeto do engenheiro Ricardo Nienow. As obras iniciaram com 26 metros de comprimento, 16 metros de largura e 4,2 metros de altura e com cobertura de zinco. Os recursos para a concretização da obra veio da venda de alguns terrenos da comunidade e a parte da cota que cabia à comunidade da venda do Hospital São José ao Dr. Juarez Brasiliense de
Freitas e cada associado da Matriz ajudou com uma taxa em dinheiro. A obra foi inaugurada em 16 de julho de 1978, com a Festa do Colono.
Em 22 de outubro de 1978, a comunidade da Matriz, conforme as novas normas da Mitra, escolheu a Diretoria Econômica da Matriz e do Conselho de Pastoral, com mandato de dois anos e cujos nomes foram:
Presidente: Guido Vier
Vice-Presidente: João Hildo Kunst
1° Secretário: Prof. Lothário Acker
2° Secretário: Prof. Lauro Kieling
1° Tesoureiro: Fridolino Kröetz
2° Tesoureiro: Érico Blume
Conselheiros: Aloysio Acker Ramisch, Leobaldo Kuhn, Edgar Ramisch, Laurilo Kunst, Meno Bartzen, Heronimus Klauck, Selívio Kaefer, Roque Boufleur, Délsio Cansi Roldo e Jacob Oscar Schneider. Coordenador de Catequese: Prof. Benno Knorst Coordenador de Liturgia: Prof. Geraldo Aloísio Lunkes Coordenador da Juventude: Dulce Royer
A comunidade, com a atuação da diretoria eleita, resolveu fechar o galpão, transformando-o em Salão Paroquial, quando em 24 de maio de 1980, foi inaugurado com o Baile de Kerb da Matriz.
Na mesma data, foi criado o Coral Misto Nossa Senhora Auxiliadora, sendo regente o Prof. Derly Carlos Basségio, com a finalidade de o coral prestar serviços gratuitos para os associados da Matriz, como atuar na liturgia das missas, casamentos, enterros e encontros de corais. O coral seria mantido pela comunidade da Igreja Matriz.
Nos dias 06 e 07 de dezembro de 1980, ocorreu a ordenação sacerdotal do neo-sacerdote Celestino Fritzen. No dia 07 de dezembro, houve a primeira missa do neo-sacerdote e junto ocorreram os festejos dos 25 anos de sacerdócio do Pe. Werno Blume.
Depois de uma longa enfermidade, faleceu em 06 de julho de 1983, o Cônego Afonso Wiest, padre auxiliar e ex-pároco da Paróquia.
Em 19 de fevereiro de 1984, com a presença do bispo Dom Sinésio Bohn, o pároco Pe. Werno Blume e o padre auxiliar Sérgio Fritzen promoveram a bênção da pedra angular da nova capela e comunidade Divino Pai Eterno, no Pe. Eterno Ilges. Após foi realizada a festa popular em benefício da comunidade.
Em 09 de setembro de 1984, toma posse o Pe. Paulo Justino Berwian como pároco da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora. No período do Pe. Paulo, grande incentivador das diversas pastorais dentro da comunidade, estruturou o Conselho Econômico, criando o Conselho de Pastoral. Durante o período em que Pe Paulo ficou à frente da comunidade, foi construído o Armazém Comunitário Mathias Seger; foi feito o projeto para a construção da Sede Pastoral da Matriz, para o qual, foi feito um pedido de recursos financeiros para a Adveniat, da Alemanha. No tempo do Pe. Paulo, também houve a emancipação política de Santa Maria do Herval.
Em 1990, veio como pároco para a Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, o Pe. José Reinaldo Fritzen. Ele, junto com o Presidente da Comunidade e o Bispo da Diocese de Novo Hamburgo, recebeu a confirmação de que o pedido de 50 mil marcos viria para a construção da Sede Patoral.
Em 1992, veio o Pe. Pedro Ilmo Schütz para ser o pároco da paróquia e fez reformas no Salão Paroquial e inaugurou a Sede Pastoral da Igreja Matriz.
De 1995 a 2002, veio como pároco, pela segunda vez, o Cônego Werno Blume e teve como padres auxiliares o Airton Haack e o Délcio Miguel Reiter.
Em 2002, tomou posse como pároco da paróquia o Cônego Lídio Schneider e teve como padre auxiliar Eusébio José Stürmer.
Em 28 de agosto de 1993, foi criada pela Diocese de Novo Hamburgo, a Paróquia Imaculada Conceição de Morro Reuter.
Por esse motivo, a Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora perdeu duas capelas: a capela São José, de São José do Herval; e a capela Santo Antônio, de Franckenthal.
Em janeiro de 2008, tomou posse como pároco da paróquia, o Pe. Inácio Schabarum, que veio transferido da paróquia de Santa Cristina. Pela sua simplicidade, seu carisma e muito trabalhador, ajudou a colocar em dia e reorganizar a Paróquia na sua estrutura financeira, investindo forte no setor Pastoral, na formação da catequese, liturgia e outros setores.
O Pe. Inácio Schabarum introduziu a Festa da Padroeira, a consagração a Nossa Senhora Auxiliadora. No dia 24 de maio, é realizado o Kerb Comunitário em que é organizada uma missa festiva, em seguida uma bandinha típica conduz o povo até o Salão Paroquial onde ocorre uma confraternização entre os presentes, para a qual todos trazem comes e bebes e tudo é repartido.
FONTE: LIVRO NO CORAÇÃO VERDE DA MATA VIRGEM-TEEWALD- SANTA MARIA DO HERVAL